A interpretação mais sensata pertence ao recebedor e é definida pela identidade que o mesmo cria para si.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Três anuais...
Três vezes.
Três vezes anuais aproximadamente eu escrevo algo por aqui, olha que muitas das vezes eu planejo a introdução de um novo assunto nos pensamentos vagos entre um gole ou outro, ou naqueles momentos que todos a sua volta estão entretidos com a música que movimenta o ambiente. Muitas vezes enquanto todos estão concentrados em sua distração musical, eu to viajando nos meus assuntos particulares e nos meus sonhos impossíveis, e nem me venham com essa história de que não existem sonhos impossíveis e nesse lance de força de vontade e blá-blá-blá por que vocês não sabem da metades das loucuras que passam pela minha cabeça.
Acho engraçadão as loucuras que imagino quando estou meio "alto", loucuras do tipo dançar com o Michael Jackson, brincar com ele de guerra com balões de água, fingir que fiz um gol no mundial interclubes pelo Vasco e sair correndo com todo mundo me abraçando, entrar numa luta de boxe pelo cinturão mundial com a música "gonna fly now" tema do Rocky, ser protagonista da novela das 8 e beijar a Camila Pitanga numa cena igual que eu a vi beijar o Rodrigo santoro, dar um entevista no Jô, correr nu pela orla de ipanema, essas coisas loucas assim, isso não são nem 1/3 dos devaneios...
Porém, outro dia, numa situação parecida dessas, eu tava imaginando em reunir todos os grandes amigos que passaram pela minha vida, e fazendo uma retrospectiva de tudo e de todos, muita coisa me veio em mente, muitas frases isoladas, e se algum deles ler isso, saberão em que parte ocultamente citei sua presença.
Me lembro dos buracos do chão de terra batida, das brigas infantis, da fama de bad-boy e da pelada valendo um Toby nos domingos. Me lembro dos bonequinhos Comandos em ação, Jonny Quest, e da disputa em ser o Seya dos Cavaleiros do Zodíaco. Me lembro da lerdeza, das desculpas mais ridículas para as derrotas e dos cabelos prematuramente grisalhos. Me lembro da magreza em excesso, dos apelidos engraçados, dos ídolos mais ridículos por temporada, e na invencibilidade do futebol de pelotís. Me lembro dos olhos azuis, da fala engraçada, e do jeito auto-confiante mais debilitado do mundo. Me lembro de andar desengonçado, da falta de paciência, e das tiradas hilárias. Me lembro do corsa 95, de futebol ensaboado, e das peripérsias no trânsito. Me lembro das espinhas, do cabelo liso, e da voz fina e do Raticate.
Me lembro do cabelo black, da voz em falsetes e do olhar confiante. Me lembro das brigas de jogo de tabuleiro, dos shows de rap e de mp3-player. Me lembro da Itália, de revolução e de tudo ser uma merda. Me Lembro do sofá aconchegante, o sentimento de estar seguro, e a presença familiar. Me lembro do nojo em excesso, do cuidado com o cabelo, das melhores mulheres da minha vida, e a arrogância de artista. Me lembro da camisa da net, das ruas de santa teresa, de comer comida Japonesa e de compartilhar a melhor fase profissional da minha vida, não financeiramente, mas por outros fatores. Me lembro do cheiro de pão, carne, queijo e ovo, e das vodkas com suco. Me lembro dos pagodes, do cavaco, das classificações femininas. Me lembro da Malhação, das peças de teatro, e do jeito de menino. Me lembro de tantos, de coisas, de ocasiões, de histórias, um dia, quem sabe eu não vou contando pra vocês, mesmo sabendo que este é mais um dos sonhos que eu tenho em mais de três vezes anuais...
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