quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Corpos Brilhando...



 Mais uma vez ela me condena, Me olha enfurecida e me banha pelo simples prazer de tocar meu corpo e pela satisfação que aquilo lhe causa, mas ja sem amor...
 Em momentos Muito felizes eu teimei em lhe cantar as canções mais tristes para dor te fazer lembrar de me amar com mais veracidade e em momentos muitos tristes eu teimei em lhe cantar canções alegres para te fazer lembrar que comigo você era feliz, e nessa contramão me colidi com os "contratempos" da minha certeza do que realmente me fazia feliz. Te perdi, me perdi, e nessa colisão amputei parte fundamental da minha razão em existir, da razão do homem em existir, amputei o desejo, amputei a relação, amputei o sonho, amputei a engrenagem, e enxertei com mágoa, com saudade, com dor e desespero, mais uma vez pelo simples fato de me penitenciar, de me ajoelhar até meus joelhos sangrarem, e de sofrer do fundo da alma. Mas no fundo da alma ainda existe uma voz de incentivo que diz: Vai cara, ainda é pouco, mais e mais e mais. e de uma forma muito otimista, eu sei que consigo ficar pior. E fico Pior...
 Parte de mim quer ir embora, mais uma parte fundamental que ficar, a parte mestre que  rege meu corpo, e contra ela não existe desputa, e permaneço, com dor, calado e esperando um sinal. Elas Brilham pelo seu banho, seus lábios percorrem minha anatomia mais secreta, seus corpos incendeiam nos meus, eu gozo. Mais ainda acredito que posso ficar pior...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Flashs...



 Era como se estivesse em uma estrada em alta velocidade e os faróis dos carros da mão oposta brilhassem como cometas na minha visão periférica. Assim pude ter certeza que me deparava com o "final das contas" o início de uma nova jornada, novamente eu era uma Criança e acho que foi por isso que me lembrava tão nitídamente da luz do meu "big bang".
 No início era só um pontinho de luz trazendo boas vindas a minha certeza de que enxergaria alguma coisa na vida. Acho que desde sempre eu quis enxergar além do que minha visão permitia, me debruçar no muro só para poder ver além do que era permito, e vi. E me vi também pendurado pelo pé direito por um sujeito mascarado que me batia e me olhava disconfiado, eu gritava sem dizer nada com nada, só berrava, eu queria mesmo era falar:- Ô sujeito asqueroso, me larga, para de me bater. Manhêêê...  A grande analogia que tiro dessa história é que desde quando nasci, sempre que me vi numa situação extremamente desagradável, eu sempre berraria pela proteção materna, era parte de mim, era minha exímina fortaleza, sempre foi, e os flashs passavam...
 Olha, lá estava eu tagarelando sem parar, pedindo coisas absurdas, e chorando quando ouvia o não. Mas, eu não consigo distinguir, eu era uma criança ali? Mas que eu me lembre, eu sempre falei pelos cotovelos, pedi as coisas, sejam elas absurdas ou plausíveis, e eu sempre chorei, quando não conseguia o que queria, em algum período imensamente feliz isso deu certo, mas depois que meus pais descobriram sobre meu primeiro amor, a situação mudou, eles diziam:-Se você se acha homem o suficiente para entender dos segredos do amor, tem que ser homem o suficiente para conquistar seus objetivos sem chorar, homem não chora. Mas homem chora sim, ainda mais por amores. E falando de amores eu posso dizer que fui um amante extraordinário, sem modéstia alguma. Amei as novas e as velhas amizades, os recém chegados e os permanentes por natureza, amei as ruivas, as morenas, as negras, as loiras, as santas, as loucas, amei, amei todas as mulheres que passaram pela minha vida, inclusive as de um beijo só, amei-as profundamente naquele instante vivido, todas foram muito especiais na minha vida e tiveram um significado diferentemente positivo na minha história, toda e qualquer mulher que passou pela minha vida foi maravilhosa, porque de alguma forma ela me remeteu o prazer mais intenso que o instinto do ser animal nos dá. Ahhh como as amei, algumas ainda trago no coração, na memória, na saudade, e essas, sempre me mostravam o quanto eu fui um idiota, o quanto eu fui infantil, mas ainda assim, com os sentimentos embaralhados, pendurado de ponta cabeça, eu procurava outras mulheres, maquiava minha felicidade, escondia minha dor, e vivia em conflito contra meu eu. E mais flashs me fuzilavam...
 Quantas ruas percorridas, quantas estradas cruzadas, quanto eu caminhei? Eu sei que andei, andei muito por aí, sozinho, acompanhado, fazendo novas histórias, ou revivendo histórias ja vividas, comendo porcarias, bebendo qualquer coisa, procurando algo que dificilmente encotraria, encontrando o que menos esperava, fazendo amigos, perdendo amigos, fazendo o certo, o errado, julgando e sendo julgado, eu andei, vendo novidades, vendo antiguidades, jogando conversa a fora, formando opniões,  eu andei bastante, meus pés estão cansados, meu corpo está cansado, e é só mais um sobrenome no livro vida, e o último flash de misericórdia...